Não Há Governo do Povo para o Povo se o Sistema Eleitoral Estadual Está Quebrado
Você sabia que houve uma eleição primária mês passado para diversos assentos no governo estadual e federal? Baseado na participação eleitoral patética que acabamos de testemunhar, não ficaria surpreso se muita gente não soubesse que houve uma eleição primária, muito menos uma eleição para cargos essenciais no governo estadual e federal.
Você sabia que houve uma eleição primária mês passado para diversos assentos no governo estadual e federal? Baseado na participação eleitoral patética que acabamos de testemunhar, não ficaria surpreso se muita gente não soubesse que houve uma eleição primária, muito menos uma eleição para cargos essenciais no governo estadual e federal.
Devido às leis eleitorais incompreensíveis do estado, os resultados e a participação dos eleitores na eleição primária não refletem a vontade da maioria do eleitorado estadual. Se quisermos ter candidatos que representam a maioria dos residentes do estado, então novas leis eleitorais são urgentemente necessárias.
Recentemente, a colunista Susan Bigelow fez um excelente trabalho detalhando a vergonha testemunhada mês passado quando uma fantoche patrocinada pelo Trump venceu a nomeação Republicana para o Senado dos E.U.A. com apenas uma super minoria do eleitorado do estado apoiando sua causa.
Quais foram os números de participação mesmo? Aproximadamente 90.000 eleitores compareceram para eleger a nomeada Republicana, apenas 20% dos 497.981 eleitores registrados Republicanos. Os eleitores Republicanos em si são uma minoria distinta no estado, formando apenas um quinto dos eleitores registrados em Connecticut. Os Democratas formam aproximadamente 37% com 905.268 eleitores registrados, já eleitores sem partido, o maior bloco eleitoral do estado, formam 42% com 1.028.066 eleitores.
Isso significa que a nomeada Republicana para o Senado dos E.U.A., a pessoa elegida para enfrentar o Senador Richard Blumenthal, foi decidida por 3,7% dos eleitores registrados de Connecticut.
A análise de Bigelow deve alarmar todos que prezam por viver numa democracia que deveria representar a vontade do povo. A candidata Republicana para o Senado dos E.U.A. venceu atraindo menos que QUATRO por cento do bloco eleitoral do estado apoiando sua causa. Já o maior bloco eleitoral do estado foi impedido de participar no processo eleitoral simplesmente porque muitos trocaram sua identificação de partido de "Republicano" para "sem partido."
No fim, os eleitores recebem uma candidata completamente desqualificada para governar num assento local, muito menos num assento federal, enquanto os já eleitos esperam por uma reeleição fácil por seis anos sem nenhum sentimento de debate inteligente e saudável sobre seu histórico no Congresso.
Esse fiasco eleitoral é completamente enlouquecedor, mudanças em nossas leis eleitorais são necessárias agora mais do que nunca.
Talvez implementarmos uma eleição por avaliação em diversos estados seja a resposta. Simplificando, os eleitores avaliam seus candidatos por preferência sob o formato de eleição por avaliação. O candidato que obter a maioria dos votos no primeiro turno é declarado o vencedor. Caso nenhum obtenha a maioria, outro turno de eleição é realizado baseado na preferência das avaliações dos eleitores.
Outra ideia para uma reforma seria acabar com o processo de eleição primária por afiliação de partido. Com a maioria dos eleitores registrados rejeitando os partidos Democrata e Republicano, talvez permitir que todos participem nas eleições primárias independente de afiliação política deva ser discutido.
Independente se adotarmos a eleição por avaliação, a eleição primária sem afiliação política, ou as duas, o sistema eleitoral atual do estado está quebrado e precisa urgentemente de mudanças se quisermos algum dia ter um governo do povo para o povo.