Dicas para Ajudar seu Filho a Desenvolver Mecanismos de Superação

No último mês, os E.U.A. presenciaram um dos piores meses com crianças e adultos morrendo em tiroteios.

Por Anne E. Mead, Ed. D.

No último mês, os E.U.A. presenciaram um dos piores meses com crianças e adultos morrendo em tiroteios. Embora eu não concorde com atos de violência, nossas famílias foram realmente afetadas por esses incidentes.  Como pais, trabalhamos para proteger e apoiar nossos filhos afetados por essas tragédias.  Este mês, quero abordar algumas das estratégias que podemos utilizar para ajudar nós mesmos e nossos filhos a processar estes atos horríveis.  Como pais, temos o desafio de processar nossos próprios pensamentos enquanto oferecemos estrutura, apoio e esperança para ajudar nossos filhos a desenvolverem mecanismos de superação saudáveis. Incentivar e permitir que nossos filhos compartilhem seus sentimentos é uma das formas mais valiosas de processar o que aconteceu. Ter um adulto que ouve, oferece comentários e ideias para ajudar na superação é extremamente útil para ajudar uma criança a desenvolver seus próprios mecanismos de superação. 

Os pais costumam pensar que podemos proteger nossos filhos das notícias de tragédias. Infelizmente, ouvir os adultos conversando sobre isso, ouvir às notícias de outros alunos, assistir TV ou ler as redes sociais pode ser perturbador para uma criança despreparada para processar seus pensamentos. Em vez disso, ouvir isso de um pai ajuda a desenvolver confiança e o pai pode oferecer fatos, não comentários desnecessários ou sensações das redes sociais. Desligar a TV e limitar o acesso às redes sociais em sua casa é recomendado. Filhos que ouvem as notícias ou veem clipes de coisas nas redes sociais geralmente não têm a inteligência emocional para processar o que está sendo dito ou saber como lidar com isso.

Ouvir seu filho e ajudá-lo a comunicar e controlar seus pensamentos é eficaz. Repetir os sentimentos do seu filho de volta para ele valida que não faz mal ter sentimentos de tristeza ou raiva, além de compartilhar seus próprios sentimentos. Reconhecer que você geralmente tem os mesmos sentimentos ajuda seu filho a saber que seus sentimentos são normais. Pense em quais são os sentimentos ruins que vocês dois têm e como vocês podem controlá-los.

As crianças costumam internalizar que incidentes como esses podem acontecer com elas. Deixe claro que seus sentimentos são válidos, porém, lembre-as das medidas de segurança que você tomou para protegê-las.  Não ofereça muita informação e tente discutir apenas o que seu filho pode processar. Comentar sobre detalhes gráficos que podem provocar mais medos ou levar a uma discussão inapropriada para sua idade não ajuda seu filho. Em vez disso, faça seu filho desenhar algo, descrever por que desenhou aquilo e como ele está se sentindo. Seja honesto com seu filho e diga que você não tem a resposta para tudo. Lembre-o que você, sua família e seus professores estão lá para protegê-lo. 

Pense no que vocês poderiam fazer como família para homenagear aqueles que morreram. Talvez enviar uma carta ou cuidar de uma planta especial. A superação naquele momento pode não ser possível. Na medida que os sentimentos continuam surgindo, deixe que seu filho saiba que você está lá para conversar com ele.  Por fim, lembre-se de cuidar de si mesmo. Como pais, somos bombardeados com muitos assuntos. Fique calmo e certifique-se de ter um sistema de suporte.            

Anne E. Mead, Ed. D., é administradora dos Programas de Educação Infantil e Aprendizagem Estendida das Escolas Públicas de Danbury. Se tiver alguma dúvida, entre em contato com ela pelo telefone 203-830-6508 ou meadan@danbury.k12.ct.us.