Crise de Saúde Mental

Eu não sou especialista em saúde mental, e não estou preparado para dizer a alguém como resolver a crise atual de problemas de saúde mental em nossas crianças e adolescentes.

Por Dr. Robert B. Golenbock

Posso lhe dizer que é uma crise, principalmente se a mídia local e nacional está publicando artigos chamando nossa atenção aos fatos. Minhas sugestões vêm daqueles que são sim especialistas.

Antes de tudo, precisamos enfrentar o problema. Os números de crianças que estão morrendo por suicídio ou tentativas de suicídio continuam subindo. Estamos vendo crianças de todo status socioeconômico sendo incapazes de lidar com problemas emocionais, não só em Connecticut, mas no país todo. Há uma necessidade urgente para mais recursos. Os profissionais de saúde mental treinados não aparecerão surgir só porque desejamos, e o acesso aos cuidados para muitas crianças geralmente está indisponível.

A edição de 8 de abril de 2024 da People Magazine publicou algumas estatísticas perturbadoras. Por exemplo, a taxa de suicídios entre garotas aumentou 134 por cento desde 2010. Citando o autor do livro The Anxious Generation (A Geração Ansiosa), Jonathan Haidt, a revista aponta ao uso excessivo de smartphones e redes sociais como principal culpado, observando que “46% dos adolescentes estão online quase que constantemente – o dobro dos números de 2015”.

Qual a solução? É tão óbvia quanto difícil: sem celulares na escola e sem smartphones para crianças no ensino médio. Caso as crianças no ensino médio precisem se comunicar, dê um celular básico. Se você quer proteger seus filhos, você deve se reunir com outros pais e planejar tudo de forma coletiva. Você também precisa comunicar ao seu pediatra todas as preocupações que tiver sobre seu filho se ele se sentir ansioso ou deprimido.

Se comunicar com seu filho sobre seus sentimentos deve ocorrer o mais cedo possível. Você deve entender a natureza do bullying e do cyber-bullying no ensino médio. Peça para que seu filho lhe explique se você não souber do que está acontecendo. Confie em mim, você aprenderá muito se perguntar. Saiba quem são os amigos de seus filhos, com quem estão passeando, e o que fazem depois das aulas. Pergunte sobre o uso de drogas, álcool e cigarros em sua escola, sem acusá-los. Seus filhos não precisam que você seja amigo deles, mas você precisa manter as linhas de comunicação abertas. Se os filhos tiverem a impressão de que seus pais só estão interessados em castigá-los por seus erros, eles nunca os deixarão saber quando estiverem em apuros. Os pais devem impor regras de forma saudável.

Por fim, anote os números das linhas diretas de emergência. Em caso de emergência, disque 911. Uma linha direta contra o suicídio de 24 horas está aberta em inglês e em espanhol discando 988. Em Connecticut, você pode acessar a Kids In Crisis, discando a linha direta de 24 horas, 203-661-1911. 

Robert B. Golenbock, MD, está atualmente aposentado. Ele cuidou de crianças na área de Danbury por 43 anos, incluindo no Centro de Medicina Pediátrica. O CPM está localizado no endereço 107 Newtown Rd #1D, Danbury, CT 06810. Para mais informações, por favor ligue para (203) 790-0822 ou acesse https://centerforpediatricmedct.com.