Connecticut Deixa Reabertura Integral das Escolas a Critério dos Distritos Locais

O Governador Ned Lamont disse em 27 de julho que o estado não determinará a data de abertura do ano escolar ou como as aulas serão oferecidas, deixando a critério dos sistemas escolares locais as aulas presenciais, o ensino à distância ou uma combinação dos dois.

Por Por Jacqueline Rabe Thomas | CTMirror.org

O Governador Ned Lamont disse em 27 de julho que o estado não determinará a data de abertura do ano escolar ou como as aulas serão oferecidas, deixando a critério dos sistemas escolares locais as aulas presenciais, o ensino à distância ou uma combinação dos dois.

Para fazer isso, Lamont disse que ele possivelmente precisará prolongar a emergência de saúde pública do COVID-19, além da data de vencimento atual de 9 de setembro para dar às escolas locais a flexibilidade necessária para oferecerem algo além das aulas presenciais.

A decisão, anunciada durante a conferência de imprensa da tarde do governador, contradiz as declarações passadas que a administração fez sobre a reabertura das escolas e aparenta ser o resultado de uma conscientização crescente de que talvez não seja possível que algumas escolas separem os alunos fisicamente o bastante, particularmente as escolas secundárias onde a população é tipicamente mais alta.

“Ficará a critério dos distritos qual modelo seguir,” disse o Comissário de Educação Estadual, Miguel Cardona, que compareceu à conferência de imprensa com o governador. “Atualmente, estamos reconhecendo que os distritos precisam estar confortáveis com os planos que eles têm para garantir a saúde e a segurança.”

Lamont disse que ele acredita que a maior parte dos distritos optarão por abrir e oferecer aulas presenciais e integrais para os alunos.

“Vocês sabem que toda cidade possui métricas diferentes. Portanto, na maioria dos casos – na grande maioria – será possível ter aulas presenciais, principalmente nas séries mais baixas. Mas em algumas situações, precisamos lhes dar essa flexibilidade,” disse Lamont.

Ele apontou que maior parte dos alunos e professores querem voltar, de acordo com uma pesquisa concluída recentemente pelo Departamento Estadual de Educação. Essa pesquisa descobriu que 76% dos alunos estão previstos para voltar e 81% dos professores planejam lecionar presencialmente.

O estado fez um relatório com três dias de dados do COVID-19 em 27 de julho, mostrando que o número de pacientes internados com a doença continua a cair. A partir de então, houveram 59 pessoas internadas no estado, 12 a menos do que na sexta-feira (24/07).

O estado também relatou 207 novos casos confirmados do COVID-19 desde a sexta-feira, gerando um total de 48.983 e cinco mortes adicionais. O número de pessoas que morreram em Connecticut pela doença agora está em 4.418.

Os planos dos pais para enviarem seus filhos de volta às aulas variam drasticamente nos distritos.

Em Wilton, 12% das famílias disseram que planejam optar por aulas não-presenciais. Em Fairfield, 18% das famílias favoreceram o ensino virtual. No entanto, em Bridgeport, 47% dos alunos estão previstos para permanecerem em casa.

O anúncio de Lamont aconteceu durante a oposição crescente das uniões de professores pelo adiamento de uma reabertura completa e depois que sua cidade natal, Greenwich, lançou um plano que contradiz com as suas instruções no final de junho, quando ele disse aos distritos para oferecerem a cada aluno a opção de voltar às aulas de forma integral durante o outono. Os pais de Greenwich foram informados recentemente de que os alunos de ensino secundário não poderiam regressar de forma integral, pois há muitos alunos matriculados na escola para impor o distanciamento social.

No final de junho, a administração anunciou que as taxas de infecção do COVID estavam baixas e que os distritos deveriam planejar a reabertura integral para o outono.

“Com base nos dados de saúde de Connecticut atuais, os distritos devem planejar a reabertura de outono para todos os alunos em todos os dias,” disse Cardona, acrescentando que aquele plano poderia ser alterado caso haja um aumento na propagação do vírus.

Cardona enviou um e-mail aos superintendentes informando que eles devem ter um plano para os alunos voltarem às aulas de forma integral.

“Qualquer plano enviado ao Departamento de Educação do Estado de Connecticut em 24 de julho de 2020 que não inclua uma opção de reabertura completa como um dos três modelos, onde todos os alunos das escolas públicas possuem a oportunidade de comparecer à escola presencialmente 5 dias por semana, não estará obedecendo à lei estadual atual em relação ao número de dias escolares ou às expectativas da liderança do Estado,” ele escreveu.

Lamont disse em junho que ele tomou a decisão de informar os distritos escolares locais para planejarem a reabertura, pois seria o melhor para os alunos e para a economia.

“Queríamos ter o dia escolar mais normal possível numa semana escolar mais normal possível,” ele disse. “Isso também permite que os empregadores possam planejar, em termos do que seria o dia de trabalho.”

Ele também disse que seria melhor ter um padrão para todo o estado.

“Nós queríamos ter um pouco de consistência em todas as nossas 169 cidades. Queríamos fazer isso para garantir que a qualidade e a experiência sejam consistentes para todos,” ele disse.