Enquanto nos aproximamos da estação festiva, queremos dedicar um tempo para lembrar nossa comunidade que priorize sua saúde mental, emocional e física.

No Centro de Empoderamento e Educação (CEE), estamos familiarizados com a relembrança de traumas que ocorre quando uma pessoa volta à casa onde um abuso doméstico e/ou sexual ocorreu no passado. Você pode ir a reuniões e ter que ver um parente ou pessoa que lhe feriu, aumentando potencialmente a chance de repetição do abuso ou de resistir às dores do seu passado.

Para seu próprio bem-estar, você não precisa ir a todos os eventos aos quais lhe convidarem. Porém, sabemos que nem todos podem impor esse limite, ou estarem prontos para rejeitar esse convite. Caso lhe forcem a voltar para onde o abuso ocorreu, você pode experimentar algumas das recomendações da RAINN (Rede Nacional contra o Estupro, Abuso e o Incesto), incluindo tentar evitar estar no local onde o abuso ocorreu, planejar ficar com amigos/membros da família de um parente não-abusador ou ficar num local afastado como um hotel e manter o local em sigilo do seu abusador, ou encontrar atividades para sair da casa por longos períodos. Por fim, fale com o CEE para traçar um plano de segurança. Ter um plano e explorar a logística pode lhe ajudar a ter mais segurança e prontidão para voltar à casa. 

Além da relembrança de traumas ao voltar à casa de um abusador, sabemos que as vítimas de violência doméstica ainda sofrem com violência. Pode haver maiores fatores de estresse nas festas com relação às finanças, viagens, encontro com parentes e amigos, e a realização de festas. As festas de fim de ano podem ser uma época em que os abusadores definem expectativas pouco realísticas para criar as “melhores” experiências de festas possíveis. As festas geralmente incluem bebidas e/ou abuso de drogas que podem exacerbar o comportamento violento. 

Você tem um ente querido que possa estar precisando de ajuda? Há várias coisas para prestar atenção caso você suspeite de abuso: ferimentos ou inchaços, tensão ou nervoso em proximidade com o parceiro e/ou mensagens de texto ou ligações frequentes do parceiro caso o outro não esteja presente, e uma urgência de responder rápido. Caso você conheça alguém que você suspeita estar sofrendo abuso, ouça e acredite no que diz. É preciso de coragem para falar. Fale com a pessoa, mas procure o melhor momento para falar com ela. Forneça recursos que podem ajudar, como o CEE.

No CEE, acreditamos em apoiar e empoderar as vítimas para que façam a melhor escolha naquele momento. 

Caso você esteja numa relação abusiva e violenta, você pode falar com um representante que pode criar um plano de segurança e oferecer recursos. Além disso, pratique os cuidados pessoais. Os cuidados pessoais não são um ato de egoísmo; são vitais para seu bem-estar. 

Caso você ou alguém que você conheça precise de ajuda, nossas linhas diretas gratuitas e confidenciais estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Linha Direta contra Violência Doméstica: (203)731-5206

Linha Direta contra Abuso Sexual: (203)731-5204