A taxa diária de testes de infecção para o coronavírus de Connecticut ultrapassou 6% em 29 de outubro — aproximadamente seis vezes mais que a taxa diária do estado durante todo o verão e o início de outono.

Triste, o Governador Ned Lamont alertou aos residentes para se prepararem para o pior, mas optou por não reverter o relaxamento de 8 de outubro às restrições de atividades comerciais.

Em vez disso, o governador concedeu mais flexibilidade aos municípios para fortalecerem as regras para os comércios dentro de suas próprias divisas — embora tenha avisado que poderia impor novas restrições em todo o estado tão breve quanto próxima semana.

“Eu procurei incansavelmente por uma luz no fim do túnel, mas não consigo encontrá-la com estes números,” Lamont disse durante uma reunião televisionada pelo canal de acesso público estadual.

Dos 21.739 testes de COVID-19 realizados por laboratórios públicos e privados em 28 de outubro, 1.319 retornaram positivos, uma taxa de 6,1%. A administração também relatou cinco mortes adicionais por coronavírus, trazendo o total a 4.609 desde que a pandemia começou.

As internações pelo vírus também aumentaram em 12 com o último relatório, trazendo o total estadual a 321.

Levou todo o verão e três semanas de outono para as taxas diárias de infecção subirem de 1% a 2%. Depois, levou apenas uma semana para chegarem à marca de 3% em 20 de outubro, e sete dias depois — até o dia 27 — para ultrapassarem 4%.

Durante esse surto, o governador disse que não pensaria em interromper ou reverter as reaberturas econômicas de Connecticut a menos que a taxa de infecção média semanal do estado — uma métrica bem mais importante para muitos funcionários da saúde — ultrapassasse ou se aproximasse de 5%.

A média semanal de Connecticut, de acordo com o último relatório, permanece em 3,4%.

Mas Lamont reconheceu na última semana de outubro que o surto de infecção rapidamente crescente é uma preocupação.

“Eu esperava que fosse mais gradual,” ele disse. “Hoje pode ser um sinal de que isso será mais íngreme.”

A partir de 8 de outubro, restaurantes, bibliotecas, salões de beleza e outros negócios de serviços pessoais estavam autorizados a operar em 75% de capacidade, antes em 50%. Locais de eventos em áreas externas poderiam operar em 50% de capacidade, antes em 25%. Áreas internas, que haviam sido interditadas completamente, poderiam operar em 50%.

Mas o governador anunciou no início deste mês que as comunidades com mais de 15 casos de coronavírus por 100.000 residentes — com base em duas semanas de resultados de testes — poderiam optar pela reimplementação das regras da Fase 3 para os comércios.

Windham é a única de 30 comunidades elegíveis para fortalecer as regras para os comércios.

O governador abrangeu essa opção em 28 de outubro, dizendo que as comunidades com mais de 10 casos por 100.000 residentes também poderiam reimplementar a Fase 3.

Isso quer dizer que aproximadamente metade de todas as 169 cidades de Connecticut agora podem fortalecer as regras para os comércios. Essas comunidades contêm aproximadamente 70% da população de Connecticut, disse o governador, suplicando para que sigam o exemplo de Windham.

“A Fase 2 talvez seja um modelo mais seguro,” ele disse.

Os funcionários eleitos de New Haven seguiram essa direção, anunciando que a cidade retornaria à Fase 2 e que o sistema escolar permanecerá quase exclusivamente online. O Prefeito de Bridgeport, Joseph P. Ganim, disse que anunciará detalhes para reverter as regras de sua cidade em 30 de outubro.

Joe DeLong, diretor executivo da Conferência de Municípios de Connecticut, elogiou Lamont por oferecer a opção às comunidades, prevendo que seria de “maior interesse.”

Já que Connecticut é um estado relativamente pequeno, alguns líderes municipais temiam que se fortalecessem as regras para os comércios, os clientes visitariam lojas de cidades vizinhas com uma simples viagem de 10 minutos ou menos, ele disse. Mas com 85 cidades agora tendo essa opção, “isto certamente traz um nível bem maior de flexibilidade para trabalharmos juntos regionalmente.”

Chris DiPentima, presidente e diretor executivo da Associação de Negócios e de Indústria de Connecticut, notou que Lamont culpou as aglomerações sociais informais, ao contrário das lojas e de seus consumidores, pelo aumento nas taxas de infecção.

“Se a comunidade comercial não estiver causando a propagação, isto não impedirá a propagação,” DiPentima disse. “Isto só causará danos à economia.”

Embora tenha optado por não ordenar um retorno estadual à Fase 2 em 28 de outubro, Lamont avisou que isso não está fora de cogitação.

“Nos próximos dias, veremos se isso será o suficiente,” ele disse, acrescentando que a administração também está explorando a suspensão de esportes de inverno nas escolas de Connecticut. Massachusetts e Nova Hampshire recentemente suspenderam o hóquei.

O governador também tentou trazer um pouco de esperança, dizendo que embora as taxas de infecção recentes não sejam uma coincidência, “Eu não sou um alarmista. Vamos reduzir este número.”

Ele acrescentou que “6,1% é como um soco no estômago,” mas que “vamos encontrar uma maneira de passar por isso.”

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