SONHOS DE PAPEL

Tudo começa com um sonho de um mundo diferente que deixa uma marca em você.

Por Agu Saquicela

Um mundo onde a prosperidade dança em seu auge, dando saltos que se transformam em quedas de superação dos novos passos. São as aspirações de adquirir respeito pelo touro [pois faz o homem com quem vive respeitável] e fazer com que centenas de chifres voem. Seguindo o clamor “Eu posso,” se trata da diversidade de casos que retratam e identificam a realidade diária, que ocasionalmente não tem voz para transmiti-la. Entretanto, alguns imigrantes sinceros a transformam dia após dia.

Meu objetivo é tornar as realidades diárias dos imigrantes em Danbury, Connecticut, visíveis, compartilhar experiências de vida motivadoras, e arrecadar fundos para levar alimentos à comunidade.

Passarinho Faminto

Eu venho pedir comida. Às vezes venho, às vezes não. Depende muito do meu humor. Para ser sincero, a vida às vezes perde muito o sentido. Parece que eu corri de volta para o fim. Caindo sob as bolhas em minhas mãos, uma queda após a outra, sentindo fadiga de tanto chumbo inspirado pelo lixamento diário, pouco do qual explodiu no mesmo ar. Não me deixam respirar muito. O que me darão de comida hoje? Talvez uma cartela de ovos, então poderei comer cinco no máximo, e o resto posso trocar em pagamento pelo aluguel, e como bônus, um pouco de leite para satisfazer os anseios causados pelo isolamento. O que compartilho com vocês é complicado, mas é a verdade. Já faz poucos dias e tantos anos que sobrevivi como um passarinho. Bicando de pouco em pouco. Você pode me dizer, “Compatriota preguiçoso, ninguém morre de fome aqui”, mas sinto lhe dizer que a necessidade não precisa de um convite. Ela vem inesperadamente, reforçando a culpa, como se nunca fosse partir. Não matarei a ansiedade em minha alma com tristezas além do seu controle.

Seguirei meu caminho aproveitando esta aveia deliciosa com pedacinhos de maçã para adocicar meu novo dia.