Representantes de CT Defendem Expansão Mais Abrangente do HUSKY para Imigrantes
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Apoiadores se reuniram no Capitólio no dia 14 de fevereiro para celebrar os avanços na garantia da cobertura do Medicaid para algumas crianças não-documentadas em Connecticut, mas também para reiterar suas exigências de uma expansão mais abrangente nessa sessão.
“Todos merecemos cuidados médicos, é por isso que estamos lutando. E queremos continuar trabalhando com nossos legisladores, queremos continuar trabalhando com essa administração para fazer isso”, disse Luis Luna, gerente da Coligação HUSKY 4 Immigrants.
A multidão de aproximadamente 100 pessoas incluiu legisladores, apoiadores e residentes. Houve gritos de “Si se puede!” e “Sim, nós podemos!” enquanto oradores pediam uma expansão contínua da cobertura e declararam os cuidados médicos como um direito humano.
A partir de 1 de janeiro de 2023, as crianças elegíveis abaixo dos 12 anos de idade passaram a ter acesso ao Medicaid, conhecido como HUSKY em Connecticut, independentemente de status imigratório. Mulheres grávidas também têm acesso a cuidados pré-natais e pós-parto. Em 1 de julho, a elegibilidade será expandida para crianças abaixo dos 15 anos de idade.
Essas crianças não só poderão se inscrever no programa—como também manter a cobertura até os 19 anos de idade. Porém, crianças acima dos 15 anos de idade não serão elegíveis no início da expansão.
Entretanto, quase 60% dos aproximados 113.000 imigrantes não-documentados em Connecticut não têm acesso a qualquer seguro de saúde, de acordo com a Coligação HUSKY 4 Immigrants.
Maritza Contreras chegou em Connecticut há seis meses da Venezuela com seu marido, Roger Serpa, e seus dois filhos, Jorma, 23, e Antonella, 6. Sob o critério de elegibilidade atual, sua filha mais jovem é elegível para a HUSKY, mas o resto de sua família, não.
Antonella tem asma e sua condição piorou depois que a família chegou aos Estados Unidos. Com a cobertura do HUSKY, Contreras foi capaz de levar sua filha ao médico.
“Nossa jornada foi um pouco difícil. Passamos pela selva, por muitos países, e ela tem problemas respiratórios”, disse Contreras. “Eu consegui levá-la ao médico graças ao seu seguro de saúde”.
Porém, Contreras disse que evitou ir ao ginecologista e seu marido evitou um tratamento odontológico extremamente necessário, pois não podem arcar com os custos sem um seguro.
O trabalho para expandir o Medicaid para crianças sem status legal permanente foi uma jornada gradual e às vezes frustrante para muitos apoiadores. Em 2021, os legisladores aprovaram um projeto de lei abrindo o programa para crianças não documentadas abaixo dos 8 anos de idade, que teve seu lançamento atrasado até 1 de janeiro de 2023. Em 2022, o limite foi expandido para incluir crianças abaixo dos 12 anos de idade.
Ano passado, foi apresentada uma medida para expandir o limite para todos abaixo dos 25 anos de idade, independentemente de status imigratório. A Lei de Cuidados Acessíveis permite que crianças e jovens adultos permaneçam nos planos de seguro de seus pais até os 26 anos de idade, a ideia era replicar essa política.
Porém, os legisladores concordaram numa versão mais limitada, atrelada ao orçamento estadual, que expande o Medicaid para crianças abaixo dos 15 anos de idade, independentemente de status imigratório.
A medida também dirigiu a comissária dos serviços sociais do estado a estudar os custos e benefícios de expandir o programa àqueles abaixo dos 25 anos de idade.
Os líderes do legislativo disseram que buscam expandir o limite para crianças abaixo dos 18 anos de idade este ano. A proposta provavelmente será inclusa no orçamento, e não como projeto de lei.
Além disso, o Senador Matthew Lesser, copresidente do Comitê de Serviços Humanos, disse que espera também expandir o Medicaid a alunos sem status legal permanente matriculados em faculdades ou universidades e que se formaram num colégio de Connecticut. Ainda não está claro se o plano cobriria alunos de meio-período ou apenas aqueles em tempo integral.
“O grupo principal que estamos tentando alcançar são as crianças. Penso que a pergunta seria, se estivéssemos aumentando para os 18 [anos de idade], poderíamos aumentar para os 22 desde que a matrícula esteja ativa, para mantê-lo por um pouco mais de tempo”, Lesser disse. “Queremos continuar assim. Já estamos aumentando para os 15 anos de idade, e isso é uma vitória. Já é uma grande vitória para a saúde pública. Mas queremos manter essa dinâmica”.
“Segue como uma alta prioridade minha”, disse a Deputada Jillian Gilchrest, D-West Hartford, copresidente do Comitê de Serviços Humanos. “Certamente dependerá do orçamento; há muitos interesses em conflito. Mas vendo a que ponto a expansão chegou... seria ótimo se pudéssemos seguir em frente e garantir uma cobertura para todas as crianças desse estado”.
Gilchrest disse que também apoia a expansão da cobertura para alunos de faculdade.
“Quando você está na faculdade, você precisa de um seguro de saúde. A única opção para alunos não-documentados é o seguro de saúde da faculdade, que é um tanto caro. Portanto, esse é um meio de continuarmos a expansão”, ela disse.
Contreras espera que, ao compartilhar sua experiência, os apoiadores cheguem a obter a cobertura para todos de qualquer idade, independentemente de status imigratório.
“Espero podermos tocar os corações dos legisladores e dos responsáveis para proporcionar essa mudança a todos”, disse Contreras. “Espero que nos apoiem. Espero que nos ajudem.”