Deixe-me compartilhar minha história de transição. Soubemos que nosso prédio de escritório seria fechado, devido a uma construção, e que todos ali se mudariam. Nos mudamos durante a semana de 19 de maio. Quando me sentei em meu novo espaço, rodeada por caixas e gabinetes vazios, eu pensei em como acomodar a mim e aos outros melhor em meu espaço. Além disso, fiquei impressionada com os novos sons em meu espaço. Meu espaço antigo na 49 Osborne Street era marcado pelo som frequente de ambulâncias e caminhões de bombeiros, de carros parando bruscamente no sinal, e pelo cheiro do bar próximo na rua. Meu novo escritório, embora ainda situado na cidade, não possuía praticamente nenhum desses sons ou cheiros. Em vez disso, eu ouvi passarinhos, o apito repentino de um caminhão de lixo, e os sons e as vozes de crianças brincando. Para mim, as vozes das crianças são calmantes, mas eu senti falta das outras atividades.

Eu relacionei meus pensamentos e emoções ao que uma criança logo pode estar sentindo ao ser transferida para uma nova escola. Alguns alunos deixarão seus amigos no centro de cuidados infantis, outros serão separados da mamãe e do papai. As crianças prestes a ingressar nas escolas terão salas de aula maiores, novos professores e amigos, além de novas rotinas e hábitos. Como um adulto refletindo sobre minhas próprias transições, eu fui motivada a parar para pensar sobre como facilitar a transição escolar para as crianças? Que tipo de apoio é necessário e como podemos incentivar melhor uma experiência positiva?

Os seres humanos são movidos por hábito. Uma mudança em nossos hábitos pode causar diversas respostas. Algumas crianças sentem ansiedade, mostram sinais de resistência e podem até ter um ataque de estresse. Geralmente sentimos estas reações quando pedimos às crianças para que desliguem um videogame ou retirem-se de uma atividade na qual estão completamente focadas. As crianças, assim como os adultos, precisam de preparação antes das transições.

Comece a falar sobre ir à escola desde cedo. Deixe que seu filho faça parte do processo de matrícula. Visite a escola, brinque no parquinho e participe das atividades de pré-abertura que a escola oferece. Algumas escolas oferecem visitas de pais e chamadas de vídeo ou telefone entre pais e professores.

Há inúmeros livros sobre a ida à escola. A Biblioteca de Danbury ou os livros online são bons pontos de partida. Escolha uma nova roupa para vestir no primeiro dia de aula. Algumas crianças podem ser acalmadas trazendo um pequeno objeto de casa, como uma foto ou um pequeno bicho de pelúcia. O objeto deve caber na bolsa de materiais ou na lancheira de seu filho. Um recadinho surpresa com um sorriso em sua lancheira é uma ótima forma de seu filho saber que você está pensando nele. Já que não temos certeza dos protocolos que serão implementados quando as escolas abrirem em setembro, recomendamos ajudar o seu filho a aprender como usar a máscara, como pôr e retirá-la, se ele ainda não souber.

É possível que seu filho diga que sentirá sua falta. Lembre-o que você também sentirá a sua, mas que vocês estarão juntos de novo no fim do dia ou que você estará lá quando ele sair do ônibus. Como disse antes, as transições podem ser difíceis, mas com um pouco de amor e cuidado, e com muitos abraços, você pode ajudar seu filho a se acostumar com o novo e ter uma transição tranquila à escola.

Anne E. Mead, Ed. D., é administradora dos Programas de Educação Infantil e Aprendizagem

Estendida das Escolas Públicas de Danbury. Se tiver alguma dúvida, entre em contato com ela

pelo telefone 203-830-6508 ou meadan@danbury.k12.ct.us.