Quando a Adaptação É Difícil: Apoiando as Crianças no Retorno às Aulas em Meio à Pressão dos Colegas e aos Desafios Sociais

Deixe claro que não há problema em não se conectar com todos. Ninguém vai gostar e ser gostado por todos.
A volta às aulas muitas vezes é cheia de entusiasmo, mas para muitos estudantes, também traz ansiedade em relação a amizades, aceitação social e identidade. Ao retornarem às salas de aula e corredores, as crianças enfrentam a pressão de se encaixar, serem aceitas e pertencerem, às vezes às custas de seus próprios valores ou bem-estar emocional.
Embora as conexões com colegas sejam uma parte importante do desenvolvimento saudável, a necessidade de “se encaixar” pode levar algumas crianças e adolescentes a situações desconfortáveis ou até inseguras. Desde dizer “sim” quando querem dizer “não”, até se envolver em comportamentos de risco para obter aprovação, essas dinâmicas podem ter impactos de longo prazo na confiança, segurança e saúde mental de um jovem.
Como adultos — pais, cuidadores, educadores ou mentores — desempenhamos um papel fundamental em ajudar os jovens a lidar com a pressão social de maneiras que apoiem a segurança emocional e o valor próprio.
O desejo de pertencer é natural, especialmente durante a infância e a adolescência. Mas quando esse pertencimento parece condicional — baseado na aparência, no comportamento ou no silêncio — as crianças podem ter dificuldades com a autoestima. A vulnerabilidade social se torna um fator de risco quando sentem que precisam mudar ou atuar para serem aceitas. Isso pode levar a:
- Afastamento de relacionamentos de apoio
- Envolvimento em comportamentos de risco (uso de substâncias, bullying, atividade sexual)
- Suprimir sentimentos ou limites para “manter a paz”
Em vez de proteger as crianças dos desafios sociais, podemos equipá-las com ferramentas para lidar com a pressão e escolher conexões saudáveis.
Ajude-as a dar nome e validar suas emoções e a praticar regulação emocional utilizando técnicas de respiração ou parando para pensar antes de reagir a uma situação.
Deixe claro que não há problema em não se conectar com todos. Ninguém vai gostar e ser gostado por todos. Lembre-as de que ser fiel a si mesmas é mais importante do que ser popular.
Pratique a resolução saudável de conflitos. Simule cenários comuns de pressão dos colegas e pense em respostas. Dar às crianças linguagem e ferramentas antecipadamente aumenta a confiança.
Celebre quem elas são. Quando as crianças se sentem vistas, ouvidas e valorizadas em casa, é menos provável que procurem aprovação em espaços inseguros.
Converse sobre amizades saudáveis e não saudáveis. Ensine-as a reconhecer sinais de alerta, como sentir-se desconfortável ou pressionado, e sinais positivos, como bondade e respeito mútuo.
Uma das coisas mais poderosas que podemos fazer é simplesmente criar espaço para as crianças falarem. Em vez de oferecer conselhos imediatamente, experimente perguntar:
- “Qual tem sido a parte mais difícil de voltar às aulas?”
- “Você se sente seguro para ser você mesmo entre seus colegas?”
- “Alguém fez você se sentir pressionado ou desconfortável recentemente?”
Essas conversas abrem as portas para confiança, intervenção precoce e apoio.
Quando os jovens se sentem seguros para serem eles mesmos, é mais provável que formem relacionamentos saudáveis e façam escolhas fortalecidas. Modele isso em casa: mostre interesse na vida diária deles, participe de reuniões e eventos escolares, e deixe claro que são amados, valorizados e apoiados.
O Center for Empowerment and Education (CEE) oferece programas gratuitos de educação em escolas locais sobre relacionamentos saudáveis, limites e muito mais.
Se quiser saber mais sobre o que o CEE oferece, visite nosso site: thecenterct.org.
