Perguntas dos Leitores

Qual o melhor termômetro para comprar? Eu quero uma segunda opinião, mas não quero ofender meu pediatra. O que devo fazer?

Por Dr. Robert B. Golenbock

Qual o melhor termômetro para comprar?    

Primeiro, você deve decidir que tipo de termômetro você quer. Termômetros retais são mais precisos, mas também os menos apreciados. Medir a temperatura por via oral é o segundo método mais preciso, mas esse método não é recomendado para crianças abaixo dos 4 anos de idade, pois elas são pouco capazes de manter o termômetro na boca corretamente. Esses mesmos termômetros podem ser usados sob o braço, mas esse método é facilmente o menos preciso. Um modelo profissional pode custar facilmente $100 dólares, mas a verdade é que os pediatras estão mais interessados na condição geral da criança (esteja ela doente ou não). O mesmo também vale para a temperatura -- esteja ela quente ou não. Se você não tem certeza, tudo acima de 100,4F ou 38C é febre (um número um pouco menor para a axila). Veja um ótimo artigo da Mayo Clinic: https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/infant-and-toddler-health/in-depth/thermometer/art-20047410

O número não precisa ser exato, desde que seja medido precisamente acima de 100,4F ou 38C quando a criança tiver uma febre. Para as crianças pequenas, também ajuda saber se a temperatura está acima de 104F ou 40C. Muitos termômetros baratos oferecem medições exageradas quando a temperatura está mais alta. Uma mãe sempre deve ter um termômetro retal de reserva para confirmar a medição quando os termômetros rápidos parecerem estar imprecisos. Eu compraria um termômetro oral/axilar para seu filho e praticaria para obter medições consistentes. Além de um termômetro retal como reserva.

Eu quero uma segunda opinião, mas não quero ofender meu pediatra. O que devo fazer?

Obrigado por sua honestidade. Esse assunto surge bastante. Sempre que um problema complicado precisa de tratamento e o pai está desesperado, eu costumo dizer aos pais que ficaria aliviado caso ele peça uma segunda opinião a um especialista que nós dois respeitamos. Em primeiro lugar, o pai ficará mais aliviado com a decisão, e em segundo lugar, o pai terá mais disposição em seguir as orientações, seja com medicamentos, terapia ou até cirurgia. Logo, eu diria que há realmente apenas dois resultados. Caso o especialista recomende algo diferente do que eu sugeri, nós dois aprenderemos algo novo com isso. E caso o especialista concorde comigo, eu parecerei bem inteligente! 

Os pediatras que prezam pelo seu papel nunca devem evitar que os pais peçam uma segunda opinião. Geralmente, somos os primeiros a incentivar que um especialista dê uma opinião mais aprofundada. Mas apenas ir a outro pediatra pode deixá-lo com o problema difícil de decidir qual dos dois está certo. Cedo ou tarde, você precisará de uma autoridade maior em todo caso. A verdade é que ninguém está certo o tempo todo – nem mesmo eu! 

Caso algum dos leitores do Tribuna tenham mais perguntas para mim, enviem-nas para o e-mail do Tribuna: a.barbosa@tribunact.com. Podem se comunicar comigo em inglês, espanhol ou português. 

Robert B. Golenbock, MD, está atualmente aposentado. Ele cuidou de crianças na área de Danbury por 43 anos, incluindo no Centro de Medicina Pediátrica. O CPM está localizado no endereço 107 Newtown Rd #1D, Danbury, CT 06810. Para mais informações, por favor ligue para (203) 790-0822 ou acesse https://centerforpediatricmedct.com.