Os Legisladores Estaduais Estão Errados Sobre Suas Prioridades Fiscais?
O estado de Connecticut terminou o Ano Fiscal de 2024 com um excesso no Fundo Geral de $181,5 milhões, um excesso no Fundo de Transporte Especial de $282,8 milhões, e o saldo do Fundo Estadual de Reserva Orçamentária se encontra em 4,6 bilhões de dólares.
Essa economia é um testamento às restrições orçamentárias impostas anos atrás que enfatizaram pagar as dívidas estaduais. Entretanto, as economias das restrições estaduais vieram às custas das famílias que sofrem com despesas decorridas do custo de vida e de auxílios sociais reduzidos.
A efetividade da lei de restrição fiscal, decretada por legisladores estaduais em 2017, é inegável. Graças a ela, o estado foi capaz de eliminar bilhões de dólares em dívidas de pensão de décadas atrás e reduzir vários impostos, uma conquista considerável.
Apesar do anúncio orçamentário positivo, é crucial reconhecer que a economia de custos no estado veio às custas das famílias trabalhadoras e de baixa renda com dificuldades financeiras. Agora, essas famílias estão se esforçando para pagar despesas de vida elevadas devido à redução do fundo do governo para programas sociais e essenciais, um grande sacrifício.
Por exemplo, as famílias trabalhadoras e de baixa renda têm dificuldades para pagar os preços cada vez maiores de serviços públicos, e apesar de fundos recordes, o nível de investimento no Programa de Auxílio Energia de Connecticut permanece abaixo daquele de quatro anos atrás. As universidades e faculdades públicas no estado enfrentam dificuldades econômicas na medida em que os fundos de alívio para COVID expiram; são forçadas a cortar gastos com demissões de funcionários e eliminação de cursos, afetando os serviços oferecidos às famílias.
Qualquer um que viaje pelo centro de Danbury em qualquer dia útil da semana pode testemunhar com seus próprios olhos o aumento na necessidade por auxílios sociais. Em qualquer terça-feira ou sexta-feira, há filas de pessoas necessitadas na Despensa de Alimentos Daily Bread que chegam até o fim da rua Terrace Place e dobram em West Street até Main Street. Ver mães esperando na fila por auxílio com seus filhos foi um dos momentos mais entristecedores do meu verão.
Tão entristecedor quanto, em qualquer quinta-feira, você pode testemunhar filas recordes na Associação de Comunidades Religiosas (ARC) que iniciam nas portas da agência e terminam em Liberty Street. Certo dia, o número de pessoas fez com que o Diretor Executivo da ARC, Ari Rosenberg, exclamasse nas redes sociais, "Nós fomos completamente NOCAUTEADOS hoje. Um de nossos dias mais movimentados. Há muita gente realmente sofrendo agora."
Com tantas pessoas enfrentando dificuldades financeiras, num dos estados mais ricos do país, nos faz pensar se os legisladores estão errados sobre suas prioridades, já que os contribuintes pagam o preço pela redução de serviços essenciais numa época em que o número crescente de pessoas necessitadas é inegável.