O Que é Autismo?

Os pais têm inúmeras perguntas sobre o autismo. Os cientistas estudaram o autismo por vários anos, mas ainda temos várias perguntas sem respostas.

Por Dr. Robert B. Golenbock / CPM

Os pais têm inúmeras perguntas sobre o autismo. Os cientistas estudaram o autismo por vários anos, mas ainda temos várias perguntas sem respostas.  

O que é o autismo? É um transtorno de desenvolvimento caracterizado pela dificuldade de interação social e de comunicação. O problema com o diagnóstico do autismo é que o grau pode variar bastante. Por isso, ele é geralmente chamado de “transtorno de espectro autista.” Às vezes, podemos identificá-lo em crianças de até 9 meses, pois elas se conectam emocionalmente. Outras podem ser identificadas por atrasos no seu desenvolvimento de fala como crianças pequenas ou por uma falta de empatia (elas não entendem os sentimentos de outras pessoas). Às vezes, essas crianças sofrem ataques emocionais ou comportamentos repetitivos como agitar as mãos. Seus sentidos geralmente podem ser estimulados facilmente. Luzes, sons, cheiros e até texturas que consideramos sensações em segundo plano inofensivas podem ser bastante perturbadoras para crianças com autismo.  

Na realidade, ainda não definimos o autismo. Podemos conversar sobre a causa de várias doenças, e entender o motivo por trás das doenças nos ajudou a desenvolver tratamentos e curas. Porém, o autismo ainda é inexplicável. Sabemos que alguns – talvez grande parte – dos casos possuem raízes genéticas, mas fora isso, o porquê de algumas crianças o terem e outras não ainda é um mistério. E nós certamente não sabemos por que alguns casos são mais graves que outros, embora pensemos que podemos estar falando de transtornos diferentes com sintomas parecidos. Os pesquisadores também estão estudando o efeito de substâncias tóxicas em mulheres grávidas.  

Sabemos muito sobre o que não causa o autismo. Quando o transtorno foi descrito pela primeira vez, os pesquisadores pensaram que o comportamento e a atitude da mãe foram o fator principal no desenvolvimento da criança. Esta hipótese foi rejeitada logo cedo. Outra hipótese terrível levou à morte de crianças. Um homem na Inglaterra falsificou dados para alegar que as vacinas causam autismo. Apesar de pesquisas subsequentes refutarem completamente esta alegação, vários pais pararam de vacinar seus filhos, e as crianças morreram com doenças que antes haviam sido quase erradicadas.  

Há mais casos de autismo agora? Pode parecer que sim, mas os pediatras estão usando questionários especiais mais do que antes em todas as crianças, para que o diagnóstico não passe despercebido. Parece que muitos dos comportamentos que foram erroneamente diagnosticados agora estão sendo corretamente atribuídos ao espectro autista.  

Por fim, sabemos que um diagnóstico de autismo não é o fim da história. Terapia precoce tem sido bastante eficaz em vários casos. Gostamos de pensar no autismo como algo ainda em andamento. Em alguns casos, as crianças superaram seu diagnóstico. Infelizmente, não podemos garantir uma cura ainda, mas as crianças melhoraram consideravelmente com a terapia adequada. É importante que os pais estejam em alerta quanto a anormalidades no desenvolvimento social e de fala de seus filhos, que sejam compreensíveis com seus atrasos, e que insistam em obter a consulta e o tratamento adequado caso suspeitem de alguma anormalidade.  

Robert B. Golenbock, MD, está atualmente aposentado. Ele cuidou de crianças na área de Danbury por 43 anos, incluindo no Centro de Medicina Pediátrica. O CPM está localizado no endereço 107 Newtown Rd #1D, Danbury, CT 06810. Para mais informações, por favor ligue para (203) 790-0822 ou acesse https://centerforpediatricmedct.com.