As pessoas da comunidade LGBTQ+, mulheres de cor, e pessoas com deficiências são particularmente vulneráveis, sofrendo abuso sexual em níveis extremamente elevados.

Então, o que é o abuso sexual? É qualquer atividade sexual indesejada praticada contra a vontade de alguém e sem seu consentimento, geralmente baseada em poder e controle sobre outra pessoa. Uma pessoa pode usar a força, ameaças, manipulação ou outras formas de coerção para cometer abuso sexual. O abuso sexual pode ocorrer a pessoas de todas as identidades e ser perpetuado por pessoas de todas as identidades. O abuso sexual é cometido em maior parte por alguém conhecido pela vítima: um amigo, parceiro íntimo, cônjuge, colega de trabalho, parente, conhecido, etc.

Há diversos tipos de abuso sexual, incluindo: estupro, contato sexual indesejado, abuso sexual infantil, compartilhamento não-consensual de imagens, assédio sexual, incesto, exploração/tráfico sexual, exposição a materiais/imagens sexualmente explícitas e voyeurismo.

O abuso sexual pode ter impactos duradouros nas pessoas. De fato, numa meta-análise publicada no artigo acadêmico Trauma, Violence & Abuse (Trauma, Violência e Abuso), envolvendo 2.106 sobreviventes de abuso sexual, os pesquisadores descobriram que 81 por cento dos sobreviventes tiveram sintomas graves do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) uma semana após o abuso e 75 por cento dos sobreviventes atenderam aos critérios para o transtorno após um mês. Além do TEPT, há vários outros desafios de saúde física e mental associados com o abuso sexual, como depressão, ansiedade, doenças cardíacas e câncer.

Muitas de nossas atitudes culturais e crenças sobre a sexualidade criam grandes níveis de vergonha ou estigma, o que pode levar à desinformação ou preconceito sobre o abuso sexual. É por isso que o abuso sexual é um dos crimes menos denunciados em nosso país. Muitas pessoas temem não serem acreditadas ou levadas a sério, ou que sejam culpadas por sua própria vitimização. O abuso sexual nunca é culpa da vítima. Não há desculpa para abuso sexual: ninguém tem o direito sobre ninguém em nenhum caso.

No Centro de Empoderamento e Educação, acreditamos que todas as vítimas e sobreviventes de abuso sexual merecem apoio. Fornecemos serviços gratuitos, incluindo consultoria, intervenção em casos de crise, incluindo acompanhamentos até o hospital, serviços de defesa jurídica e em delegacias de polícia, abrigo, educação sobre prevenção, entre outros.

Não há forma certa ou errada de se sentir após sofrer abuso sexual. Se você ou algum conhecido precisa de apoio, nossas linhas diretas gratuitas e anônimas estão disponíveis 24 horas por dia.

Linha Direta contra Violência Doméstica (203)731-5206

Linha Direta contra Abuso Sexual (203)731-5204

Fontes:

1. Basile KC, Smith SG, Kresnow M, Khatiwada S, & Leemis RW. (2022). The National Intimate Partner and Sexual Violence Survey: 2016/2017 Report on Sexual Violence. Atlanta, GA: Centro Nacional de Controle e Prevenção de Lesões, Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
2. Emily R. Dworkin, Anna E. Jaffe, Michele Bedard-Gilligan, and Skye Fitzpatrick. PTSD in the Year Following Sexual Assault: A Meta-Analysis of Prospective Studies. Os autores buscaram em quatro bancos de dados por possíveis estudos antes de abril de 2020 por dados relevantes ainda não publicados.

Artigo escrito por Cara During, Diretora de Programas do Centro de Empoderamento e Educação.