CT Continua Perdendo Energia Durante Tempestades. Mas Isso Não Precisa Acontecer.

Quando as perdas de energia causadas pela Tempestade Tropical Isaías aumentaram em todas as comunidades de Connecticut em 4 de agosto, as acusações começaram. Os serviços públicos foram vistos como despreparados, levando críticos a sugerirem que paguem por tudo, desde os postes rompidos até a comida estragada.

Por By Jan Ellen Spiegel | CTmirror.org

Quando as perdas de energia causadas pela Tempestade Tropical Isaías aumentaram em todas as comunidades de Connecticut em 4 de agosto, as acusações começaram. Os serviços públicos foram vistos como despreparados, levando críticos a sugerirem que paguem por tudo, desde os postes rompidos até a comida estragada.

Mas mesmo se a Eversource e a United Illuminating tivessem exércitos de técnicos prontos para trabalharem assim que fosse seguro, há uma alta probabilidade de que toda a energia continuasse a cair. As questões que o Furacão Isaías traz não é a quem culpar e como penalizá-los, dizem os especialistas em energia, mas sim “Como podemos manter as luzes acesas?”

As respostas podem exigir um pouco de exame de consciência, não só pelos serviços públicos vilões atuais, mas também pelos servidores públicos, legisladores, representantes e os próprios residentes, que por anos priorizaram despesas e tarifas elétricas de curto-prazo ao contrário de soluções de longo-prazo que poderiam reduzir estes custos e oferecer mais resiliência às tempestades.

O resultado é que quase uma década depois que a Tempestade Tropical Irene demonstrou a vulnerabilidade do sistema elétrico de Connecticut pela primeira vez – uma situação que se repetiu várias vezes a níveis diferentes – a primeira linha de defesa do estado é geralmente a velha prática de corte de árvores.

Equipamentos sofisticados de alta tecnologia e princípios modernos por trás da resistência de uma rede elétrica atualizada  – nas raras ocasiões em que sequer foram considerados – foram rejeitados em grande parte porque custam bastante à primeira vista.

Mas converse com os especialistas e você ouvirá várias ideias sobre melhorias técnicas e a reestruturação sistêmica da rede, incluindo como mudar o paradigma regulatório para que os serviços públicos realizem seu trabalho utilizando métodos mais modernos. Porém, para fazer isso, é preciso se aprofundar no mundo misterioso e complicado da energia e seu regulamento; é preciso vontade política para resolver o problema, que tem sido mínima; e claro, dinheiro.

Isso também precisaria provavelmente do completo reconhecimento de que nem tudo relacionado a administrar um sistema elétrico se trata de tarifas.

“Não se trata apenas de postes e fios. Se trata de negócios perdidos. Sem ar condicionado, se trata da vida das pessoas,” disse Lisa Frantzis, que reconhece o risco das quedas de energia prolongadas. Como diretora geral sênior da Advanced Energy Economy – uma associação do setor dedicada a soluções elétricas modernas – Frantzis lidera iniciativas de modelos comerciais e reformas regulatórias para uma rede elétrica do século 21.

Mas a Tempestade Tropical Isaías também lhe deu uma dose de realidade.

Sua família é proprietária do parque de diversões Quassy Amusement Park em Middlebury por mais de um século, e depois do Isaías, ele passou cinco dias sem energia. Isto causou grandes prejuízos, como comida estragada e outros danos colaterais, isso além do COVID, que forçou Quassy a fechar por meses. Quando finalmente reaberto, ele estava operando apenas em 25% de sua capacidade.

Como membro do conselho do Quassy, Frantzis está começando a procurar maneiras de fortalecer o parque, mas como especialista, ela é uma entre vários que dizem que é necessária uma mudança completa nos modelos de negócios dos serviços públicos.

Pôr a velha rede para funcionar de novo não funciona mais, ela disse.

“Esta é, sem dúvidas, a questão do momento,” disse Marissa Gillett, presidente da Autoridade Regulatória dos Serviços Públicos, PURA, desde abril de 2019. “Eu não tenho intenção de criticar o que os reguladores fizeram depois da tempestade de 2011, já que eu não estava aqui e eles tinham um conjunto diferente de fatos disponíveis como base.”

Sim, árvores foram cortadas. Mas o que os serviços deveriam priorizar e o que foram pagos para fazer não mudou depois de 2011. E aqui estamos nós – de novo.

“Os serviços públicos fazem o que podem fazer. Se você quer fazer as coisas de forma diferente – você precisa mudar o ambiente regulatório,” disse Daniel Bresette, diretor executivo do Instituto de Estudo Ambiental e de Energia.

Isso significa fornecer os incentivos certos, criar meios para realizar investimentos de longo-prazo e pensar sobre o serviço ao cliente de forma diferente.

“Não é algo que um serviço público pode decidir sozinho necessariamente,” ele disse. “Os reguladores precisam ajudar. Os prestadores de serviços provavelmente precisam olhar bem no espelho e dizer ‘OK, como podemos fazer isso melhor; como podemos estar melhor preparados?’ Há um papel para os ativistas de clima e de energia limpa, os legisladores.”

Também há muita confusão – então, preparamos uma pequena aula.

Guia de Introdução para Serviços Públicos/EDEs

A princípio, chamar a Eversource e a UI de “serviços públicos” está incorreto. Elas são empresas de distribuição de energia, ou EDEs na sigla em inglês, e é assim que o órgão que as regula – PURA – as chama.

Já fazem algumas décadas desde que as empresas podiam se apropriar da produção de energia – as usinas que produzem eletricidade. Porém, nos anos recentes, as duas podiam se apropriar de uma pequena parcela de produção limpa, que é o que a UI fez. A Eversource não fez isso, embora as duas tenham entrado em parceria com empresas eólicas estrangeiras, deixando as coisas meio confusas.

Pode parecer que você está pagando pela energia, mas não está. Isso é um custo de transferência e nenhuma das empresas ganha dinheiro com isso.

Na verdade, elas ganham dinheiro levando a energia até você: transmitindo a energia da usina elétrica e a distribuindo para a sua casa ou escritório. E isso inclui todos os fios, postes, interruptores e todos os tipos de equipamento necessários para manutenção e conserto.

As empresas são “reguladas” em todos estes itens; elas vão ao PURA duas vezes por ano para definir as tarifas para 1 de janeiro e 1 de julho para que possam ser remuneradas. E foi essa tarifa de 1 de julho, tendo um grande aumento no meio da crise econômica causada pela pandemia, que causou a indignação inicial contra os serviços públicos antes da vinda do Isaías. Essa indignação intensificou ainda mais quando a energia caiu.

Este modelo de “custo-de-negócio” existe desde o século 20, apoiando um modelo de rede que existe desde que Thomas Edison o inventou no fim do século 19. Em Connecticut, a história de como os serviços públicos operam começa em 1881.

Embora haja uma certa margem, a PURA não faz as regras que governam os serviços públicos. Ela garante que os serviços públicos, ou EDEs, sigam as regras. Tais regras são definidas em grande parte pelo poder legislativo.

Dada a sua complexidade, o tempo limitado disponível aos legisladores e a grande pressão que os membros do Comitê de Energia e Tecnologia enfrentam, os detalhes de política energética não são geralmente bem entendidos pelos parlamentares.

Como resultado, o poder legislativo de Connecticut priorizou as tarifas de energia ao contrário de introduzir reformas sistêmicas que necessitariam de investimento imediato de capital, mas que ao longo-prazo, teriam produzido uma distribuição mais eficiente e econômica de energia.

Mudanças recentes na liderança do comitê contribuíram para uma perda de capacitação.

O Senador Norman Needleman, D-Essex, que acaba de terminar o seu primeiro mandato no poder legislativo, foi posto na posição de vice-presidente imediatamente. Ele logo admite: “Eu não sou um especialista em energia depois de um ano administrando o comitê de energia.”

O vice-presidente da Câmara, David Arconti, D-Danbury, também está em seu primeiro mandato como presidente do comitê. Ele não retornou as diversas chamadas.

Em resumo: as regras que permanecem para os serviços públicos apoiam em grande parte um modelo ultrapassado de negócios que tem sido criticado desde o Furacão Irene em 2011, sofrendo poucas alterações para aliviar críticas.

Mas uma série de propostas com o objetivo de modernizar a rede – ou “grid mod” como abreviação – apresentadas em 2017, avançou ano passado. E Gillett demonstrou que ela está disposta a forçar os serviços públicos, se necessário, a fazerem as alterações que ela achar necessárias para o grid mod.

O lado positivo da crise do Isaías é que ela pode ter fornecido – bem – energia.

“Eu estive refletindo sobre isso e esperando que houvesse um ponto de inflexão, ou um momento, ou seja lá como você queira defini-lo, para podermos chamar mais atenção ao plano de modernização,” Gillett disse.

Katie Dykes, que iniciou o grid mod quando era presidente da PURA antes de se tornar comissária do Departamento de Energia e Proteção Ambiental (DEEP) sob o Governador Ned Lamont, disse que há vários componentes que precisam estar alinhados para alcançar o objetivo de modernizar a rede.

“Há várias soluções diferentes aqui,” ela disse. “O que precisamos fazer é definir quais são os objetivos. E depois, pôr o ônus nos serviços públicos para descobrir o meio mais eficiente.”

Mais do que apenas penalizar a Eversource e a UI, o conceito que parece ter surgido é substituir um modelo de custo-de-negócio que recompensa o investimento de capital – você põe um novo poste e nós vamos te pagar – por um modelo baseado em desempenho. Ele definiria todos os tipos de métricas que os serviços públicos teriam que atingir para serem pagos – tudo, desde a eficiência energética até as metas ambientais, a confiabilidade e a resistência às tempestades.

Custo-de-negócio ou custo-de-desempenho

Um modelo baseado em desempenho, por sua natureza, utilizaria melhor investimentos futuros na troca de tecnologias e condições terrestres, como aquelas precipitadas pela mudança climática. Os especialistas dizem que as várias possibilidades oferecem tremendas oportunidades de desenvolvimento econômico.

Você começa com uma análise de custo-benefício focando em quais ferramentas um regulador precisa para avaliar as propostas dos serviços públicos, disse Janet Gail Besser, diretora geral da Smart Electric Power Alliance (SEPA), uma organização sem fins lucrativos focada em sistemas de energia sem carbono. Besser conhece bem a situação de Connecticut, tendo a acompanhado por vários anos em sua posição anterior no Conselho de Energia Limpa do Nordeste.

“É importante entender que os serviços públicos respondem a incentivos dentro da estrutura regulatória,” ela disse. “Também é desejável ter uma estrutura regulatória que apoia a inovação e a experimentação. Os serviços públicos precisam ouvir ‘vocês têm permissão de fazer isso.’ Experimente – se não funcionar, você não será penalizado por isso.”

Novas tecnologias precisam ser implementadas em sistemas de formas que serão continuamente adaptáveis, ela disse. “Você precisa pensar de forma criativa e pensar a longo-prazo.”

A Iniciativa de Renovação da SEPA esteve analisando todos estes problemas e oferece meio que um plano sobre como realizar isso.

A pergunta principal é se a legislação seria a maneira mais eficiente de estabelecer os estatutos para ajudar a PURA a obrigar os serviços públicos.

“Aceitamos e estamos dispostos a rever qualquer recomendação que resultará em um sistema elétrico mais robusto para nossos clientes,” disse o representante da Eversource, Mitch Gross. “Temos um plano regulatório baseado em desempenho estabelecido em Massachusetts e vemos que a tendência futura aqui em Connecticut é a mesma.”

Ele ressaltou que, além da medição avançada, a empresa possui propostas de sistemas para armazenamento de bateria comercial e residencial e reabastecimento de veículos elétricos.

“Com todo respeito à Eversource e ao exército de lobistas que empregam junto à UI, quando as coisas passam para a legislação que lida com problemas complicados como a fixação de tarifas, eu temo que elas sejam involuntariamente obscurecidas,” Gillett disse. “Por isso, eu estive sugerindo que tentemos resolver isso com base em nosso próprio processo orgânico.”

Para esclarecer, nenhum modelo de serviço completo baseado em desempenho existe nos E.U.A. Algumas partes – geralmente envolvendo a eficiência energética – estão sendo experimentadas. No estado de Nova York, a iniciativa REV (Reforming the Energy Vision) foi a mais notável nestes esforços. O Instituto Rocky Mountain possui um relatório recente sobre como tais modelos podem operar.

Há várias ideias e tecnologias disponíveis projetadas para levar os serviços públicos à nova era. Mas parece que todas as vezes que uma tempestade causa estragos nas linhas elétricas de Connecticut, a primeira reação é trazer de volta a antiga ideia em vez de enterrá-la.

As novas ideias

Em 2011, após o Furacão Irene e antes da nevasca devastadora de outubro derrubar a energia por mais de uma semana na metade do norte do estado, a rede elétrica subterrânea – como geralmente é chamada – foi pesquisada e considerada muito cara. Particularmente no caso das linhas atuais.

Este tópico voltou – principalmente depois do Isaías derrubar um grande número de sistemas de água, estações de tratamento de esgoto e bombeamento de água. 

A FEMA relatou que mais de três dezenas de sistemas de água estavam operando sob energia de reserva. O DEEP relatou que 33 das 89 estações de tratamento de esgoto municipais que ele regula estavam operando sob energia de reserva, uma não podendo operar depois que seu gerador de emergência ficou sem combustível e outras seis provendo apenas tratamentos parciais. Das 1.080 estações de bombeamento de água, 275 não tinham energia e estavam operando sob geradores de emergência.

Sua opinião sobre se as soluções potencialmente caras deveriam ser consideradas mudou um pouco. “Isso vai acontecer de novo, de novo e de novo. O poder legislativo precisa olhar para isso,” ela disse. “Não podemos continuar fazendo o mesmo de antes. Agora que eu estou administrando uma cidade – sem ter energia por uma semana – tudo parou.”

O Senador Paul Formica, R-East Lyme, membro de escalão do comitê de energia, refez a pergunta ‘quem vai pagar’ e ressaltou o fator do tempo: “o que você planeja agora levaria 20 anos,” ele disse.

Mas como qualquer grande modernização, se houvessem começado após o Furacão Irene ou Sandy em 2012, metade do trabalho já estaria terminado agora. De fato, todos os municípios agora instalam linhas subterrâneas quando novas áreas são desenvolvidas, mas a não ser que redundâncias sejam implementadas no sistema, eles ainda correm o risco de perda de energia se as linhas que levam às linhas subterrâneas caírem.

Porém, existem outras tecnologias disponíveis para manter a energia que podem ser consideradas como componentes dos modelos de rede baseados em desempenho. As micro-redes – uma forma de isolar certas áreas para manter a energia mesmo se a maior rede cair — é uma delas. As micro-redes também podem servir como um componente decentralizador da maior rede – algo que ajuda com a distribuição de energia mesmo quando não há perda.

Outras tecnologias que oferecem tanto resiliência quanto métricas para os modelos de desempenho dos serviços públicos são sistemas de interconexão melhorados que permitem que os serviços transmitam energia pelo sistema. A Eversource e a UI já fazem um pouco disso, mas sem a medição avançada, existem limitações.

Assim que a medição estiver estabelecida, todos os tipos de flexibilidade seriam possíveis, inclusive para otimizar a distribuição de energia de lugares que não consomem muita energia para lugares que precisam dela durante operações normais. A integração da rede com os edifícios é outra ferramenta – novamente como meio para ajustar a carga, assim economizando dinheiro.

Um dos maiores benefícios se trata de aumentar a quantidade do que é formalmente conhecido como recursos energéticos distribuídos, ou RED, que são geralmente vistos na forma de painéis solares que as pessoas instalam nos tetos. Durante uma alta geração energética pelos painéis e baixo consumo energético pela casa, os serviços poderiam redistribuí-la com mais eficiência.

Todos esses são componentes de alternativas sem fio que também possibilitam a eficiência energética – uma forma de consumir menos energia e otimizar o que já está disponível. O segredo será uma estrutura regulatória que incentiva um paradigma de simplicidade para os serviços públicos, já que o seu objetivo seria gerar menos dinheiro do que sob o sistema atual de custo-de-negócio.

Entre as mudanças em potencial mais radicais aos modelos ultrapassados de serviço disponíveis está a opção de operações terceirizadas – algo que a Advanced Energy Economy pesquisou. Os serviços públicos constroem a plataforma, mas as partes terceirizadas fornecem o software necessário para executá-la e as melhorias necessárias conforme os avanços tecnológicos. E estas partes terceiras são quem pagam – não os serviços públicos ou seus clientes.

“Já podemos ver isso nos grandes centros de dados – as Microsofts e os Facebooks do mundo que não podem arcar com a perda de rede elétrica,” disse Frantzis da AEE. “Eles estão tomando o poder em suas próprias mãos, criando sua própria capacidade de recuperação de rede.”

“Eu realmente temo que continuarmos a reinstalar postes e fios e não implementarmos alguns desses avanços não seja o caminho ideal a ser seguido,” ela disse. “O custo de não fazer isso – de manter a tradição – tem consequências consideráveis.”

Doses de realidade

Algumas ideias, embora inicialmente atrativas, requerem mais observação crítica.

Dividir a Eversource, como o Senador dos E.U.A. Richard Blumenthal sugeriu, embora tecnicamente legal e possível sob circunstâncias bem específicas, envolve várias camadas de aceitação, o que levará muito tempo e custará muito dinheiro, dizem os especialistas. No fim das contas, você transfere a mesma velha rede para um novo proprietário.

O conjunto de opções comunitárias – a ideia das comunidades se reunindo para comprar energia mais limpa e acessível — também não trará uma melhor distribuição energética, pois se trata de poder de compra, não de distribuição.  Você pode ter a energia mais limpa e barata do estado, mas se o sistema de distribuição cair, você ficará sentado no escuro como todo mundo.

Mas a maior ideia é a conversão para serviços municipais, dos quais já existem alguns em Connecticut. Wallingford é um deles. Em seu pico durante o Isaías, 16% dos clientes estavam sem energia em um determinado momento. Isso caiu para menos de 2% dentro de 48 horas e a energia voltou para todos no sábado às 20:30h – 5 dias depois – de acordo com Tony Buccheri, diretor geral do departamento elétrico do município de Wallingford.

Buccheri ressaltou que as linhas de transmissão de Wallingford utilizam um sistema mais durável conhecido como cabo-espaçador Hendrix, ao contrário do suporte de cruzeta tradicional visto na maioria dos postes de luz. Além disso, é exigido que novas vizinhanças utilizem fios subterrâneos. Porém, ele disse que com toda a congestão subterrânea atual do esgoto, da água e do gás, instalar tudo no subterrâneo é difícil. Mas sua maior preocupação é por aqueles que veem as empresas elétricas municipais como uma cura milagrosa. Wallingford sempre foi assim.

“Sempre fomos assim por 121 anos. Para um município fazer isso agora – ele teria que trabalhar com a Eversource ou a UI, comprar seus bens e então formar uma empresa de energia,” ele disse. “Ele perderia os impostos que os serviços públicos pagam. Ele teria que possuir, operar e manter o sistema. Isso seria ótimo se feito há 120 anos atrás.”

Reformar ou repreender?

“Esta é uma oportunidade para falar sobre as grandes soluções – coisas que deveriam ter sido feitas há muito tempo,” disse o representante Jonathan Steinberg, D-Westport, um membro de longo-prazo do comitê de energia e um dos poucos membros conhecedor das questões mais técnicas sobre o assunto.

Steinberg quer ver novos incentivos e modelos de remuneração para os serviços públicos, medidores inteligentes em cada lar, transformadores inteligentes, a adaptação subterrânea de algumas das principais linhas de distribuição e micro-redes mais genuínas. Mas considerando a história, a ação legislativa futura precisaria de passos pequenos e lentos, antecedidos de estudos e comissões especiais. Árvores serão cortadas, tempestades virão e passarão.

“Na audição da PURA e na audição E e T, todos irão fechar seus punhos e jurar vingança,” ele disse durante uma entrevista na semana passada. Steinberg tinha razão: A Eversource enfrentou a fúria irrestrita dos oficiais eleitos durante a audição da PURA na segunda-feira (24/08). O fórum do Comitê de Energia e Tecnologia será hoje (27/08) às 10:30h.

No entanto, a Comissária Dykes do DEEP não teme que a penalização se tornará o foco. “Não estou preocupada com isso,” ela disse. “Já houveram muitos esforços e foco no processo da PURA para modernizar a rede elétrica. Eu não temo que esse foco será reduzido.”

Gillett, presidente da PURA, acredita que com o grid mod, o estado está no caminho certo.

“Mas precisamos garantir que não hajam reações precipitadas,” ela disse. “O que podemos fazer em curto prazo para garantir que os serviços públicos não comecem a reconstruir em reação à tempestade de forma que nós não poderemos continuar a apoiar o avanço?”

https://ctmirror.org/2020/08/27/should-keeping-the-power-on-not-getting-it-back-on-be-goal-in-ct/